Quinta-feira, 24 de Abril de 2008

25 ABR . . .

                                                                              

Ia postar esta minha pequena comemoração do 25 ABR na véspera, mas lá vou estar com a mesma cunhada de há 34 anos atrás, que faz 60 anos e vamos fazer-lhe uma festa-surpresa!

  Venham mais CINCO!

E assim passaram 34 anos...como é possível?  Foram dias tão bonitos e felizes como angustiantes e tenebrosos!  Era jovem, nunca tinha assistido a tal e havia uma certa excitação!

Na noite de 24 para 25 ABR estava numa casa de fados comemorando o aniversário de uma cunhada.  O meu irmão mais velho trabalhava no aeroporto, na TAP, e estava envolvido na revolução (ninguém sabia à excepção da m/cunhada).  E esta pela meia noite obrigou-nos a ir para casa porque estava mal disposta (eram as ordens que tinha) para não sermos surpreendidos pela revolução. Claro que não sabiam o que ia dar e para acautelar . . . Lá fomos todos mt contrariados para casa sem perceber muito bem porquê . . . Pela madrugada soubemos. . .

"Esta é a madrugada que eu esperava

O dia inicial inteiro e limpo

Onde emergimos da noite e do silêncio

E livres habitamos a substância do tempo"

Poema de Sophia Mello Breyner Andersen que está inscrito numa placa à porta do Quartel do Carmo, Lisboa

Eu trabalhava numa empresa que ficava na chamada "cintura industrial",  foi um explodir de reacções que me assustaram . . . depois veio o primeiro 1º Maio que foi um dia inesquecível. Eu vivia no centro de Lisboa, num 4º andar,  próximo da Alameda D. Afonso Henriques e a vista da janela cá para baixo era qualquer coisa de grandioso, um mar de gente, sem bandeiras, sem partidos, somente a multidão efusivamente gritando de contentamento e gritando palavras de liberddade . . . Foi um dia maravilhoso!   Depois veio a confusão . . .

Ainda bem que tivemos o 25 ABR para hoje pudermos estar aqui a falar, pensar, agir, viver como bem entendermos . . .

O 25 ABR ainda é muito jovem e está amadurecendo, as novas gerações irão usufruir mais e melhor desta nossa experiência e vivência . . . espero!

VIVA A LIBERDADE!  

                                                                      E depois do adeus. . .

sinto-me: LIBERDADE!
publicado por skuba às 00:23
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De justine a 26 de Abril de 2008 às 21:42
MJ, é tão importante lembrar os pequenos episódios que fazem, todos eles, este enebriante período que tivemos o privilégio de viver na carne e no coração, para que nada se esqueça, para que os jovens aprendam, para que nós não percamos a força.
Obrigada pelo testemunho, beijo grande de Abril
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